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Muriaé sedia oficina regional para ampliar cobertura vacinal para todos os ciclos de vida

Muriaé sedia oficina regional para ampliar cobertura vacinal para todos os ciclos de vida

Muriaé sedia oficina regional para ampliar cobertura vacinal para todos os ciclos de vida
Muriaé sedia oficina regional para ampliar cobertura vacinal para todos os ciclos de vida (Foto: Reprodução)

Nos dias 15 e 16/10, Muriaé foi palco da Oficina de Estratégia de Aumento da Cobertura Vacinal nos Ciclos de Vida, iniciativa vinculada à pesquisa-intervenção coordenada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG). Realizado no auditório da FAMINAS, o encontro reuniu profissionais da saúde, gestores públicos e representantes da sociedade civil.

A oficina integra um projeto conduzido pelo Observatório de Pesquisa e Estudos em Vacinação (Opesv), da Escola de Enfermagem da UFMG, voltado ao desenvolvimento e à implementação de estratégias para ampliar as coberturas vacinais nos 853 municípios mineiros. Ao longo dos dois dias, os participantes vivenciaram momentos de acolhimento, apresentações técnicas, trocas de experiências exitosas e atividades em grupo voltadas à construção de planos de ação adaptados às realidades locais. O segundo dia teve como foco a hesitação vacinal e a elaboração de propostas concretas, encerrando com a apresentação dos planos pelos municípios e encaminhamentos com as referências técnicas regionais.

A proposta da oficina reforça a importância da integração entre ensino e serviço, promovendo práticas sustentáveis e eficazes de imunização. Após a implementação dos planos, as unidades de saúde serão monitoradas trimestralmente, com base em indicadores de processo de trabalho, visando à incorporação das ações à rotina dos serviços de forma permanente.

Segundo Vanessa Coelho, epidemiologista do OPESV, o projeto atua de forma complementar ao Plano Municipal Mineiro de Imunização (PMI), vigente no biênio 2025/2026. “A atuação da OPESV não traz novos investimentos, pois o foco é melhorar as estratégias e os processos de trabalho que vão impactar no alcance das metas das coberturas vacinais. Queremos lançar um olhar crítico sobre o cotidiano e sobre os planos, que precisam ser práticos e executáveis”, explica. O PMI prevê repasses financeiros aos municípios conforme sua faixa populacional: R$ 20 mil para localidades com até 20 mil habitantes; R$ 1,50 per capita para municípios entre 20.001 e 80 mil habitantes; e R$ 2,00 per capita para aqueles com mais de 80 mil habitantes.

Municípios apresentam experiências exitosas

Durante a oficina, Giani Moreira Lopes, gerente da Vigilância em Saúde de Ubá, apresentou a experiência do Vacimóvel, iniciativa da SES-MG que tem ampliado significativamente a cobertura vacinal no município. “O Vacimóvel nos trouxe a possibilidade de alcançar públicos antes pouco acessados, como trabalhadores e estudantes, ao levar a equipe de vacinação diretamente às escolas e indústrias. Em apenas oito meses de atuação, foram aplicadas quase 12 mil doses a mais em relação a todo o ano passado, e atualmente representa cerca de 50% do total de doses que aplicamos em 2025”, compartilhou.

Cleidiane Aparecida, técnica de enfermagem da sala de vacinas de São Sebastião da Vargem Alegre, destacou a comunicação como elemento central para o sucesso das ações de imunização. “Nossa vivência tem demonstrado que a comunicação é a chave para obter resultados positivos, pois sendo efetiva gera confiança e motiva para as altas coberturas vacinais”, afirmou. Ao adotar práticas como escuta ativa, acolhimento e empatia, Cleidiane observou uma mudança significativa na percepção da população. “Alguns tinham medo por falta de informação. Então comecei a orientar, tirar dúvidas e até oferecer meu contato pessoal. Isso fez toda a diferença, e hoje temos uma relação de confiança estabelecida com os pais e com toda a população”, relatou.

Símbolos da saúde pública marcam presença

O evento foi abrilhantado pela presença do casal Zé Gotinha e Maria Gotinha. Ícone nacional da vacinação, Zé Gotinha vestia o colete da campanha contra a dengue, enquanto Maria Gotinha, com sua saia rosa, representava a conscientização sobre o Outubro Rosa e a prevenção do câncer de mama e do colo do útero. A presença dos personagens reforçou o compromisso de Minas Gerais com a promoção da saúde em todos os ciclos da vida.

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